Habitante da bacia Amazônica, o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) é o menor representante das espécies de peixe-boi. Seu tamanho médio é de 3 metros de cumprimento, com peso aproximado de 450kg. Além disso, estima-se que esse animal possa viver por, aproximadamente, 60 anos. A princípio, esse animal é bastante tem características bastante curiosas. Seu corpo alongado tem cor acinzentada, com manchinhas rosadas, brancas ou cinzas na barriga. Além disso, a cauda tem formato arredondado e não possui espinhos nas extremidades das nadadeiras, como outras espécies.
A rotina do animal pode variar de acordo com as estações de seca ou cheia. Dessa forma, com a cheia ele tende a migrar para locais de várzea com áreas alagadas. Já na seca, migra para lagos com águas profundas. Além disso, eles são animais solitários: no máximo andam juntos a mãe e o filhote.
O peixe-boi necessita consumir até 8% do seu peso diariamente para se manter nutrido, já que sua dieta consiste apenas em plantas: em suma, cerca de 50 espécies de plantas já foram identificadas do cardápio habitual do animal.
Já há alguns anos, o peixe-boi-da-amazônia vem sofrendo com a caça demasiada e com a perda de seu habitat natural, que levaram a espécie à beira da extinção. Para se ter ideia, a caça para consumo da carne, gordura e pele do animal era comum desde o período colonial do Brasil. Embora já não se tenha mais esse costume, ele ainda sobre com a poluição, por exemplo.
Esse animal é um mamífero, que alimenta seu filhote (geralmente um por gestação) com leite através de glândulas mamárias que ficam nas axilas. Inclusive, por dificilmente se reproduzir, é difícil a recuperação da espécie em cativeiro: um peixe-boi fêmea demora cerca de 3 anos de intervalo entre uma gestação e outra.
Por fim, o peixe-boi-da-amazônia é um animal que troca de dentes toda a vida: dessa forma, os dentes se deslocam 1mm por mês, o que faz com que os dentes mais velhos e gastos caiam, enquanto dão espaço para os novos.